O grupo “Interpretar e Aprender” surgiu como ideia nos corredores da Universidade de São Paulo por três estudantes de História interessados em integrar diversão e aprendizagem. Apaixonados tanto por narrativas fantásticas quanto pelo ato de ensinar, estes amigos decidiram criar um grupo cujo intuito seria trabalhar, de forma prazerosa, os conteúdos escolares - e não haveria melhor maneira de fazê-lo do que utilizando o RPG, ou Role Playing Game.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Os meios justificam tudo

God of War é um jogo lindo. Lindo de se ver. Os gráficos são ótimos e as batalhas épicas. O jogador interpreta um espartano semi-deus, Kratos, lutando contra hordas persas ou mesmo os próprios deuses do Olimpo. A história, entretanto, importa menos que seu desenrolar. Me perguntei o motivo de jogar o jogo, já que o fim da história é sempre mais ou menos o mesmo.


É o processo que importa.
São as batalhas acontecendo, seu personagem evoluindo e conseguindo novos poderes que importam, não o fim. Foi-se o tempo em que "zerar" o jogo era a finalidade principal do jogar vídeo-game. Claro que nunca foi a única. O divertimento vinha do próprio ato de jogar. Os atuais MMO (Massive Multiplayer Online) games, são um exemplo ainda mais claro. O jogador vive em um mundo totalmente aberto, onde a história fica totalmente em segundo plano e são as experiências em jogo que atraem jogadores do mundo todo. Mas mesmo em segundo plano, a história importa. Dante´s Inferno é um jogo muito parecido com God of War, mas com uma história baseada nos livros de Dante Aliguieri, menos acessível e com temas mais polêmicos hoje em dia.

O RPG funciona da mesma maneira. Na aventura mais legal que já joguei, mestrada pelo Daniel, aqui do Interpretar e Aprender, meu personagem morreu, ou seja, não cheguei ao fim, mas o processo e o desenrolar da história foi tão interessante que se tornou uma aventura genial.

Assim, também, funciona a educação. Ela se dá no processo, e não no fim, hoje representado pelas notas e pelo vestibular. É o fazer que ensina o aluno. Talvez deixar claro para os próprios estudantes o processo que passam e as novas habilidades que eles adquirem seja uma boa ideia para a prática educacional. Apenas bons gráficos não fazem um bom jogo, assim como apenas floreamentos não fazem um bom curso. O desafio reside em tornar o curso, e principalmente as atividades em bons processos.

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