O grupo “Interpretar e Aprender” surgiu como ideia nos corredores da Universidade de São Paulo por três estudantes de História interessados em integrar diversão e aprendizagem. Apaixonados tanto por narrativas fantásticas quanto pelo ato de ensinar, estes amigos decidiram criar um grupo cujo intuito seria trabalhar, de forma prazerosa, os conteúdos escolares - e não haveria melhor maneira de fazê-lo do que utilizando o RPG, ou Role Playing Game.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Relatório de operações - A defesa da ponte

Relatório de operação militar ao QG situado em território secreto, doravante denominado com o nome fantasia de Aclimação. Aos olhos do Coronel Aidar, somente.

Relatório 121-A de acordo com a portaria 159-28 para o Coronel Aidar, chefe da inteligência. Logo da chegada à cidade de Mons iniciou-se a preparação de defesa contra o exército inimigo, sob tutela dos coronéis Thiago e Paulo. Esse relato abarca apenas as companhias F e L.


O tenente O'Driscoll teve óbito nas primeiras horas de batalha, o relato que aqui se segue foi transmitido a mim por um dos sobreviventes, um sapador da companhia L, apelidados de Lizzies.

Os Lizzies formavam a companhia de defesa da ponte D'argemont, uma das treze que levavam à cidade. Um sapador, um engenheiro, um mensageiro e alguns praças estavam disponíveis ao tenente O'Driscoll. As estratégias de defesa, como relatadas pelo sapador, bloqueavam a rota de fuga da companhia F, avançada em território inimigo, mas foram eficazes em retardar o avanço alemão.

Como esperávamos, o contato inimigo não tardou muito. O soldado relatou o aparecimento de um elemento mancando em direção à ponte, alvejado pelo praça ******** **** na perna antes de atravessar a ponte.  Temendo ser um membro da companhia F, o tenente O'Driscoll deu ordem expressa para que o atirador resgatasse-o além da linha de defesa, fosse como prisioneiro de guerra inimigo ou desertor.


Esses foram os primeiros minutos da batalha, que fora resolvida depois de algumas horas com a implosão da ponte, e a retirada tática das tropas aliadas, inclusive desse que vos fala.

Os Lizzies que sobreviveram foram poucos, estávamos em menor número de homens e armas. O sapador **** ****** está sendo medicado e não corre riscos. O praça ******* ********* não possui ferimentos além do horror da guerra, e está a caminho do Bethlem Royal Hospital, para iniciar tratamento com o doutor Bleuler. O praça alega ter sido salvo por anjos, certamente resultado dos dias como prisioneiro e da batalha em si.

As tropas aliadas concentram-se, neste momento, em Avesnes
Não há maiores informações sobre a companhia F, ainda. Provavelmente cercada pelo inimigo. 




Coronel Thiago A.
2º comandante do 4º batalhão

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Para entender a problematização que fizemos ao preparar essa aventura, confira esse post.

sábado, 27 de setembro de 2014

Referências

Senhores, vamos aos fatos. Estamos trabalhando com nosso grupo de meninos do 7º ano as guerras do século XX.
Depois da desastrosa (mas divertida) campanha em Mons seguimos avançando no tempo. A próxima parada será o evento traumático que mais reverberou ao longo do século XX. Para prepararmos nossa tropas (nossos viajantes, nosso amigos, nossos jogadores... me empolguei) pensamos em uma lista de títulos em vídeo que são a um só tempo preparação de cenário e estudo sobre o tema. Na comparação das referências revelam-se contradições criadas a partir de um presente com uma agenda politico-ideológica, fiquem atentos.

Aos finalmentes:

1. O Labirinto do Fauno;


2. O resgate do Soldado Ryan;


3. A lista de Schindler;


4. Bastardos inglórios;


5. O menino do pijama listrado;

6. A vida é bela;


7. Tudo quieto no front ocidental;

8. Indiana Jones;

9. A língua das mariposas;

10. Chá com Mussolini;

11. O aprendiz;

12. Pearl harbor;

13. A queda;

14. Capitão América: o primeiro vingador;

15. A onda;


16. A menina que roubava livros.

Boa noite e boa sorte.

PS.: Se tiverem uma sugestão para aumentar a lista, postem nos comentários!!!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dilemas de guerra

Seguindo o regulamento 426-7 das tropas de defesa imaginativas sediadas em território brasileiro, os nomes de todos os colaboradores da operação Esforço de guerraI serão tratados neste documento por seus codinomes. Apenas os nomes dos oficiais envolvidos no desenvolvimento e aplicação da operação serão explicitamente nomeados neste relatório de preparação.

Relatório 114-A de acordo com a portaria 257-28 para o líder supremos das forças armadas sob tutela civil. Documento público acessado na biblioteca de registro militar a partir de 17.09.2014.



Membro da Cia Curioso como batedor em campo inimigoAs 1500 horas, fuso horário de Brasília,  do dia 03 de setembro do ano de 2014, a central de comunicações passou uma ligação para o Capitão Paulo G. sobre uma companhia de aproximadamente 10 estudantes do sétimo ano procurando informações sobre o conflito conhecido como Guerra Européia - ocorrido entre 1914 e 1918 - cujo nome se manteve assim no período compreendido entre 1914 e 1944, passando após esta última data a ser conhecida como I Guerra Mundial. O destacamento Curioso (companhia C, do 44o batalhão de infantaria e pesquisa) havia se embrenhado em território desconhecido e procurava maiores informações além das que a agência de inteligência conhecida como ************ ******, lhes havia providenciado.

Assim os generais aliados Mamãe Urso e Papai Bânto entraram em contato com a central de inteligência Interpretar e Aprender que rapidamente destacou três de seus oficiais para a missão de imersão e apoio. O Coronel de infantaria Paulo G.; o capitão de mar e guerra o Daniel A.; e o coronel das tropas de avanço terrestre da Aeronáutica Thiago O.

foto de registro da operação de resgate CMG D.A.Com o esforço de guerra constante o Capitão de mar e guerra Daniel A. foi dado como desaparecido em batalha (M.I.A.) entre os dias 05 e 10 de setembro deste ano, vindo a ser resgatado pela companhia Bravo sob o comando do Tenente coronel Pedro Damin em 11 de setembro em uma campanha heróica de tentativa de retomada da cidade de ******** **** dos Manun no continente perdido da Ashulia.


Assim os coronéis Paulo G. e Thiago O. preparam a pesquisa e parte da campanha sem a inclusão da informação que a inteligência naval conseguiu produzir neste período. Dos preparativos foram levantadas questões importantes abaixo listadas sem as conclusões alcançadas para garantir a máxima efetividade da operação de invasão que está às vésperas de ocorrer.

  • Como trabalhar o primeiro grande trauma humano do século XX com um público tão jovem?
  • Como representar fielmente, com crueza e respeito, [sem a estilização da violência que estamos acostumados a ver em mini-séries de televisão, filmes e jogos eletrônicos] a inconstância da guerra moderna.





















A Guerra moderna é brutal e rápida e o advento escalonado de máquinas de matar resultando na compreensão [depois desses dois eventos avassaladores para o imaginário coletivo ocidental] de que o soldado também é apenas uma máquina de guerra desprovida de alma ou vontade.

  • Como operacionalizar a expectativa da espera pelo conflito e a rapidez do embate?

Nossos coronéis agora se encaminham para o campo de batalha procurando resgatar a companhia perdida. A operação está em andamento e não podemos revelar suas posições pois isto pode ser perigoso tanto para os destacamentos de regate quanto para a companhia Curioso, que está "perdida" em território inimigo.
Porém, senhores se vocês também quiserem se aventurar em nosso esforço de resgate talvez se aproximar destas referências os trarão um pouco mais para perto de nós:























Livro: A era dos extremos escrita pelo mestre E. Hobsbown.
















Coronel ****** **********.