O grupo “Interpretar e Aprender” surgiu como ideia nos corredores da Universidade de São Paulo por três estudantes de História interessados em integrar diversão e aprendizagem. Apaixonados tanto por narrativas fantásticas quanto pelo ato de ensinar, estes amigos decidiram criar um grupo cujo intuito seria trabalhar, de forma prazerosa, os conteúdos escolares - e não haveria melhor maneira de fazê-lo do que utilizando o RPG, ou Role Playing Game.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Jedi ou Sith?

O que aconteceria se Luke Skywalker, ao invés de gritar um sonoro "Não!", dissesse "Ok, pai. Vamos lá. Vamos fazer do seu jeito..."? O que aconteceria se Frodo tivesse, de fato, se rendido ao poder do Um Anel? Ou que tal se, ao invés de enlouquecer e se tornar um criminoso, Duas-Caras tivesse se tornado um vigilante tal qual Batman? Ou ainda, se Magneto tivesse, de fato, sido um dos mentores dos X-Men ao invés de ter se voltado contra Charles Xavier e seus alunos? Cada uma destas escolhas mudariam completamente o conteúdo de suas obras, certo?


Há alguns anos, alguns jogos eletrônicos começaram a oferecer escolhas que não se tratavam mais de estratégia ou tática, mas sim do desenvolvimento da narrativa. Claro, alguns jogos mais antigos já ofereciam este tipo de coisa, alguns deles criados e jogados só com programação e interação textual, mas quando este recurso chegou a jogos comerciais, foi um grande marco.

Alguns destes primeiros jogos são até hoje cultuados por fãs saudosos. Baldur's Gate I e II foram os alicerces que colocaram as desenvolvedoras de jogos Black Isle e a Bioware no mapa. A primeira empresa quebrou, mas a segunda foi comprada pela Eletronic Arts, uma das maiores companhias do gênero, e, junto dela, lançou Mass Effect e Dragon Age, duas franquias de grande sucesso no mundo dos jogos.

Por outro lado, surgiu também Fallout, com uma história pós-apocalíptica inspirada em Mad Max, oferecendo a seus jogadores liberdade e escolhas como poucos jogos já o fizeram na história dos games. Mais tarde, esta franquia foi comprada pela Bethesda, criadora do Elder Scrolls, outra das franquias de maior sucesso e longevidade do mundo dos games, que produziu e lançou Fallout 3.

Fallout 3, Elder Scrolls V: Skyrim e as franquias Dragon Age e Mass Effect foram alguns dos lançamentos que mais aguçaram a expectativa dos gamers pelo mundo afora. Diferentemente de Diablo e seus derivados, estes jogos ofereceram aos jogadores não só um cenário para aventuras lineares, mas também a chance de tomarem decisões e de influenciarem na trama que os permeia.

O poder de tomar decisões, de realizar escolhas, é talvez uma das coisas mais fascinantes nos RPGs. Todos estes jogos clássicos que citei se inspiraram na liberdade dos RPGs de mesa e tentaram simulá-la, mas seus pares mais novos vêm decepcionando seus fãs mais antigos por estarem mais preocupados em utilizar o poder dos computadores e videogames de última geração para renderizar belos gráficos do que para ampliar a capacidade dos jogadores de influenciarem no caminho das tramas. Por conta disso, sugiro a todos os fãs de jogos como os aqui citados que experimentem os jogos de mesa, que são completamente pautados pelas escolhas de cada um dos jogadores. Garanto que não irão se arrepender!

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