O grupo “Interpretar e Aprender” surgiu como ideia nos corredores da Universidade de São Paulo por três estudantes de História interessados em integrar diversão e aprendizagem. Apaixonados tanto por narrativas fantásticas quanto pelo ato de ensinar, estes amigos decidiram criar um grupo cujo intuito seria trabalhar, de forma prazerosa, os conteúdos escolares - e não haveria melhor maneira de fazê-lo do que utilizando o RPG, ou Role Playing Game.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Oficina de RPG para professores de História do Objetivo

No final de Janeiro a maioria das escolas promove a semana do planejamento. Um tempo para conhecer os professores novos, contar o que foi feito nas férias, e, claro, planejar o ano letivo. É praxe haver palestras e trazer profissionais de fora da escola para motivar ou continuar a formação dos professores. Entendemos esses momentos como essenciais na vida escolar. É um momento de discussão, reflexão e avaliação do nosso trabalho. É momento de descartar o que não deu certo e abrir-se para o novo, mover-se.


Foi com alegria, então, que recebemos o convite da coordenação de História do Colégio Objetivo Júnior para ministrarmos uma oficina de RPG para os professores da disciplina do fundamental II durante a semana pedagógica. Jogamos uma aventura que se passa nas Minas Gerais do século XVII em que os personagens devem resolver um mistério, salvando a vida de um homem ou condenando-a para sempre.

Foi muito curioso, os professores também perceberam como diferentes personalidades dos jogadores influenciam a dinâmica do jogo por suas reações. Assim como em uma classe, havia professores mais tímidos, que falaram bem pouco durante a aventura, e professores que tomaram as rédeas de seu personagens. Devido ao tempo o grupo interpretou os personagens em duplas, e sempre havia um que tomava a iniciativa de decisão.

Reforçamos, então, que a ideia do RPG como salvador da educação não se mostra verídica. É necessário um certo tipo de personalidade para familiarizar-se melhor com esse tipo de ferramenta, nem todos os professores sentir-se-ão confortáveis ao usá-la assim como nem todos sentem-se confortáveis utilizando uma lousa digital, um sistema apostilado ou qualquer outra das várias ferramentas disponíveis.


A oficina foi uma sensibilização, um primeiro contato, e uma espécie de pulga atrás da orelha dos professores. Ninguém saiu dali mestrando RPG para 30 alunos ao mesmo tempo, nem era essa a intenção, mas todos concordaram que a ferramenta é aplicável em sala de aula, e principalmente, todos divertiram-se bastante. Os aventureiros conseguiram salvar a pele do acusado, mas não conseguiram descobrir o grande vilão da história. Em grande parte pela falta de colaboração entre os personagens, que eram de classes sociais diferentes e não conseguiram se entender. A última cena (em que deveriam propor uma solução do crime) foi a mais divertida com vários personagens acusando-se entre si e hipóteses realmente criativas sobre o mistério.
Ficou curioso? Entre em contato!

5 comentários:

  1. Simplesmente genial! parabéns pela iniciativa, na UFC, um professor chamou um aluno para a briga, e o motivador foi o aluno dizer que ele não tava entendendo a proposta do trabalho que era justamente ligada a RPG. dai você tira como é difícil trabalhar coisas diferentes na academia.

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  2. infelizmente não pude estar presente nesse dia , lamento desde então

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  3. Parabéns são ideias geniais que transformam o aprendizado, o pouco as vezes é o muito que fará toda a diferença, força total !!!!!

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