O grupo “Interpretar e Aprender” surgiu como ideia nos corredores da Universidade de São Paulo por três estudantes de História interessados em integrar diversão e aprendizagem. Apaixonados tanto por narrativas fantásticas quanto pelo ato de ensinar, estes amigos decidiram criar um grupo cujo intuito seria trabalhar, de forma prazerosa, os conteúdos escolares - e não haveria melhor maneira de fazê-lo do que utilizando o RPG, ou Role Playing Game.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mitologia Interplanetária - Parte I

Em 2011 fui convidado pelo coordenador do colégio para acompanhar o sexto ano em viagem de estudo do meio. Este ano não foi diferente. Novamente o convite veio e novamente tive prazer em aceitar. Mas dessa vez, a professora de História solicitou uma aventura de RPG para trabalharmos melhor os conceitos estudados no Peraltas, em Brotas. 

No Peraltas existe a fundação CEU (Centro de Estudos do Universo), dotada de excelentes profissionais e instalações que estudam desde o mais profundo chão em baixo de nossos pés, ao espaço infinito acima de nossas cabeças. Geologia e astronomia são as especialidades.

Para o sexto ano, porém, que está apenas iniciando seus estudos no sistema solar, as atividades ficavam um pouco desconectadas de sua realidade, com nomes que nunca haviam ouvido falar, os alunos queriam mesmo era ir para o ginásio (quem não faria o mesmo que jogue a primeira pedra). Então, a professora de História juntamente com o professor de Ciências trabalhou alguns conceitos que os alunos teriam o privilégio de estudar no CEU. Claro que a ciência humana puxou a sardinha pro seu lado, relacionando a mitologia Greco-romana aos planetas. Nossas experiências com aventuras mitológicas sempre deram certo.

O desafio estava, então, lançado. Criar uma aventura envolvendo os planetas do sistema solar e a mitologia  Greco-romana para 46 alunos durante uma viagem de estudo do meio. A primeira dificuldade era clara: fazer os 46 alunos jogarem de maneira que nenhum deles ficasse em uma posição secundária, com apenas UM narrador. Mesmo com quatro dias disponíveis para jogar, as sessões deviam ser curtas, pois a todo momento os alunos estavam em alguma atividade de estudo ou lazer.

Nossa primeira opção foi dividi-los em oito grupos relacionados aos oito planetas de nosso sistema solar. Oito mini-aventuras com começo, meio e fim, que compunham uma aventura maior. Com, no máximo, uma hora de duração cada, incluindo uma breve explicação da dinâmica de jogo, já que praticamente nenhum desses alunos haviam jogado RPG, e mesmo assim decidimos deixar a criação dos personagens na mão dos próprios alunos, já que o sistema utilizado seria simplificado.

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