O grupo “Interpretar e Aprender” surgiu como ideia nos corredores da Universidade de São Paulo por três estudantes de História interessados em integrar diversão e aprendizagem. Apaixonados tanto por narrativas fantásticas quanto pelo ato de ensinar, estes amigos decidiram criar um grupo cujo intuito seria trabalhar, de forma prazerosa, os conteúdos escolares - e não haveria melhor maneira de fazê-lo do que utilizando o RPG, ou Role Playing Game.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Tecnologia e inovação na escola

A educação precisa mudar. Disso ninguém discorda. O discurso é simples: os professores precisam utilizar novas tecnologias. As tecnologias da educação nunca pararam de aparecer. A palmatória foi, em algum momento, uma nova tecnologia! O problema não é o surgimento de novas tecnologias, e sim o uso que os professores e alunos são capazes de fazer dela. Incluo os alunos pois nós não acreditamos que a educação se dá apartada da produção de conhecimento e re-significação do mundo pelo educando.

A internet está revolucionando o processo de ensino-aprendizagem. Diversos projetos se destacam. Entre eles a produção de aplicativos para smartphones e tablets. O 9º ano do colégio I. L. Peretz soube usar muito bem essa tecnologia. Em uma pesquisa envolvendo diversas disciplinas, criaram um aplicativo sobre a ditadura militar brasileira. 



Mesmo com a dificuldade de encontrar documentos históricos sobre o período, a qualidade das informações é surpreendente. Para quem quiser baixar o aplicativo e experimentar os jogos criados pelos alunos, assim como conhecer a história de alguns desaparecidos, basta clicar aqui.

Todavia, toda inovação, ainda hoje, sofre resistências e até obstáculos. O lúdico está, sim, cada vez mais aceito por professores e gestores que sempre procuram por inovação, mas o preconceito ainda existe. Mesmo o professor Rodrigo Ayres, diversas vezes homenageado e premiado em competições internacionais, sofre com o preconceito. Seu projeto de "Gamificação" da educação é a vanguarda, mas o professor ainda sente a dificuldade de encontrar apoiadores para realizá-lo.

Mas nem só de eletrônicos vive a educação. O RPG é exatamente isso: uma (nem tão) nova tecnologia. Ele não é a solução para a educação que temos hoje: as pessoas são. Se não capacitarmos os educadores, como já nos alertou Matheus Vieira, os livros de RPG terão o mesmo uso das subutilizadas lousas eletrônicas (que são interessantíssimas, concordamos, mas é raro quem consiga usá-las com eficiência). 

Um comentário:

  1. Excelente ver jovens educadores trabalhando com a técnica a favor do homem!
    Como diria o filósofo:
    "Martin Heidegger: A Técnica como possibilidade de Poiésis"

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